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Cerca de cem mil lojas físicas podem fechar em decorrência da crise, aponta economista



Ainda é difícil dimensionar os impactos econômicos e sociais que o Covid-19 pode trazer para nossa sociedade. O legado deixado dessa crise nas cidades pode causar um verdadeiro efeito “bola de neve”. A lógica é simples: se as pessoas precisam fazer home office, elas deixam de frequentar seu espaço de trabalho. Assim, não mais almoçam no restaurante vizinho nem tomam aquele café na padaria mais próxima. De acordo com o economista Enrico Moretti, da Universidade de Berkeley, um emprego de alto nível (em um banco ou numa empresa de tecnologia, por exemplo) pode sustentar cinco outros empregos no setor de serviços nos EUA. Sem a presença daquele cliente cotidiano, a sobrevivência das lojinhas de conveniência e restaurantes de bairro fica comprometida. A previsão, segundo um relatório do banco UBS, é de que até 100.000 lojas físicas podem fechar nos próximos cinco anos, espécie de “apocalipse do varejo”. O cenário é ainda mais alarmante se considerarmos que um quinto da força de trabalho americana -- cerca de 32 milhões de pessoas -- trabalha justamente nos setores de lazer, hospitalidade e varejo.

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