Pelo segundo ano consecutivo, a Bloomberg, grupo de mídia especializado em economia e negócios, divulgou a lista dos “bilionários verdes”, elencando apenas quem enriqueceu com empresas cujo core business é reduzir a emissão de gases de efeito estufa. As fortunas comprovam que a sustentabilidade se tornou uma oportunidade de negócios capaz de mudar a mentalidade de empresários e consumidores e o futuro das cidades. O ranking de bilionários verdes da Bloomberg mostra que a soma das dez maiores fortunas é de US$ 327 bilhões, bem maior que os US$ 61 bilhões do ano passado, primeiro ano em que foi feito o levantamento. Elon Musk, da Tesla, é o primeiro da lista, com um patrimônio que cresceu 622% no ano passado, atingindo US$ 199,2 bilhões. Com a energia solar e eólica e novas gerações de baterias, empresários do mundo todo se fortalecem como alternativa para enfrentar a inércia que compromete o combate dos problemas climáticos.
A grande surpresa do levantamento da Bloomberg é a China, que responde por nada menos do que 80% das fortunas verdes listadas. A expansão da indústria verde chinesa deve se acelerar ainda mais com a promessa do presidente Xi Jinping feita em setembro de atingir a neutralidade de carbono até 2060. Os resultados indicam a pujança do país asiático como hub de soluções limpas. Nove das dez maiores economias globais terão metas de emissão zero para os próximos anos, sinal de que a pressão das fortunas verdes tem potencial de contribuir para que nações inteiras melhorem seus desempenhos em sustentabilidade.