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Desleixo pelos espaços públicos se torna objeto de estudo de pesquisador americano



A feiúra dos locais públicos dos Estados Unidos chamou tanto a atenção do pesquisador James Howard Kunstler que a questão se tornou seu objeto de estudo. Ele não se conforma com a existência de espaços que na visão dele deveriam inspirar a cidadania, mas acabaram se tornando uma coleção de "locais que não valem nada", na definição dele próprio. Ele cita o Boston City Hall Plaza (foto) como exemplo, tão árido e hostil que ninguém quer permanecer ali por muito tempo, diz.

Kunstler atribui essa negligência ao uso excessivo do automóvel, algo que moldou a expansão das cidades americanas e suprimiu sua habilidade de criar lugares significativos, que sejam manifestações do bem comum e do design cívico. Ao contrário, tudo se tornou paisagem que passa pelo vidro do carro.

No Brasil a situação não é muito diferente. "Temos de fazer melhor se quisermos continuar com nosso processo civilizatório", diz Kunstler. "E vamos parar de nos referirmos a nós mesmos como consumidores, pois consumidores não têm deveres nem responsabilidades para com seus semelhantes. Nós somos cidadãos", completa.

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