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Nome de ponte projetada por Niemeyer em Brasília é alvo de discussão



O nome dado a cada lugar na cidade traz na bagagem memórias e, às vezes, polêmicas. Homenagear uma figura histórica ou marcante é uma prática comum, mas algumas escolhas podem polarizar a opinião pública. A ponte projetada por Oscar Niemeyer no Lago Paranoá, em Brasília, passa por essa situação. A estrutura deveria entrar para a História como a ponte de autoria do arquiteto, desenhada para representar a leveza de uma andorinha pairando sobre a água. Mas acabou se tornando motivo de discórdia em um embate ideológico. A discussão opõe aqueles que acham que o líder estudantil Honestino Guimarães, desaparecido durante o regime militar, deveria ser homenageado, emprestando seu nome à ponte, e os que acreditam que manter o nome do general e ex-presidente Artur da Costa e Silva é a melhor opção. A ponte foi inaugurada em 1976, na presidência de Ernesto Geisel. Espaços sempre contam histórias e seus nomes trazem significados. Mas a arquitetura enfrenta o desafio da impermanência: o que em um momento é um desejo unânime, pode se tornar motivo de discórdia com o passar o tempo. Por isso mesmo, as cidades precisam ser dinâmicas e se manter abertas ao diálogo e às transformações defendidas por seus moradores.

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