A cidade de Fortaleza, capital do Ceará, recebe mais uma ampla área de lazer: o Parque Rachel de Queiroz, um parque linear, que, quando finalizado, terá 10 km de extensão e cerca de 203 hectares de área. Divididos em 19 trechos, seis já foram concluídos e já estão abertos ao público.
O último trecho inaugurado resgata um antigo terreno baldio, alvo de despejo de lixo e esgoto clandestino, situação que acabava por agravar a poluição do Riacho Cachoeirinha, que corta o terreno e estrutura a maior parte do parque.
Tomando a drenagem como um eixo fundamental para o projeto, foram implantadas chamadas wetlands para se criar um sistema de amortecimento de cheias e melhorar a qualidade da água. Os caminhos entre as lagoas conduzem para áreas de permanência que possuem diversos equipamentos de cultura, esporte e lazer.
É importante contextualizar a área em que o projeto foi implantado: zona Oeste de Fortaleza, marcada por bairros populares que tiveram um alto crescimento populacional nos últimos anos. A região, mesmo detentora de grandes áreas livres, era carente de espaços públicos qualificados até a inauguração do Parque Rachel de Queiroz. Todos esses fatores explicam a rápida apropriação pela comunidade do entorno, inclusive, impulsionando o comércio tanto formal, quanto informal na região.
Poucos meses após a inauguração do Parque Rachel de Queiroz, já é difícil lembrar do terreno que trazia tantos problemas para a população. A transformação em um espaço público movimentado, vivo e pulsante foi rápida. Urbanidade aplicada no melhor sentido da palavra.